17 de março de 2014

Uma linda lição...

     Depois de plantada a semente do bambu chinês, vê-se, durante quatro anos, apenas o lento desabrochar de um diminuto broto. Não se percebe que ali está um pé de bambu. Durante quatro anos, todo o crescimento é subterrâneo, numa estrutura de raiz que se estende pela terra. Mas no quinto ano, entretanto, de forma surpreendente para os que não o conhecem, o bambu chinês começa a crescer rapidamente, até atingir vinte e quatro metros de altura.
    A criação dos filhos pode ser comparada à plantação do bambu chinês. Os pais falam, orientam, oram por eles em casa, os acompanham na escola, os levam para as reuniões da igreja, gastam um bom tempo dizendo o que os filhos devem fazer e o que não devem. Os pais também trabalham nos filhos muitos valores e virtudes, plantam neles com o próprio exemplo princípios que os conduzirão a atitudes corretas, mas na hora dos testes da vida parece que os filhos se esquecem de tudo. E isso fica mais evidenciado na fase da adolescência, período em que eles fazem questão de ignorar o que ouviram. Os pais então perguntam: "Meu
Deus, para onde foram todas as palavras que ensinei?" Nesse ponto eles sentem muita tristeza e desilusão.
  Caros pais, não olhem para isso. Olhem e acreditem no poder da semente da Palavra de Deus. Se foi semeada, ela está operando ocultamente e, um dia, vai desabrochar. Nós, pais, temos apenas que semear e crer Naquele que disse: ''Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas forá o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei" (Isaías 55:11).
   Mesmo que seus filhos não estejam atualmente interessados pelo Senhor, não desista deles. O pai do filho pródigo (Lucas 15:11-24) é um encorajamento para todos os que passam pela dor de ter um filho distante dos caminhos de Deus, rebelde e iludido pelo mundo.
   Vejamos esta história da Bíblia: o filho mais moço pediu sua herança para conduzir a vida longe da casa do pai. O pai, com muita dor, deu ao filho a parte que lhe cabia da herança e permitiu-lhe partir sabendo muito bem o que aguardava seu filho lá fora. O moço porém, imaturo, inexperiente e sonhador imaginou que o melhor da vida estava ainda por vir, longe dos braços de amor com que fora cuidado diariamente. Passados alguns anos, depois de haver dissipado todos os bens, decepcionado e machucado pela crueldade do mundo, resolveu voltar. Aleluia! A semente da Palavra que fora nele semeada brotou e começou a crescer! Suas raízes, muito provavelmente, estavam penetrando em sua consciência levando-o a perceber seu estado deplorável. Essa semente trazia sua memória de volta à casa do pai. É possível que tenha se lembrado de seus pais orando por ele, lendo a Palavra de Deus e dizendo ser ele um jovem diferente, criado para servir o Senhor.

O poder da semente o mandou de volta para casa. 

    O pai, por crer que a Palavra operava em seu filho, perseverante mente o aguardava. Quando o filho despontou na rua, o pai, que já o aguardava, correndo abraçou o filho que voltava. Ele não o exortou, apenas o abraçou, colocou-lhe no dedo um anel, sandália nos pés, uma roupa nova e deu-lhe a comer o novilho cevado numa festa que mandou preparar.
   Devemos nos manter firmes e esperançosos como o pai do filho pródigo. O Senhor Jesus contou essa história para falar com que tipo de amor Deus nos ama. Esse pai representa fielmente a Deus e nós somos muito bem representados pelo filho que desprezou tudo o que tinha e partiu para longe de casa. Essa história também serve para mostrar-nos quão poderosas são as palavras que falamos a nossos filhos. Elas estão fazendo seu serviço ocultamente e na hora certa, quando chegar o "quinto ano", nosso "bambu" vai desabrochar e crescer.
   Pais, perseverem em oração. Cumpram sua responsabilidade de semear e regar, sendo também um modelo para seus filhos.
   Façam sua parte que, com certeza, o Senhor fará a Dele.
(Jornal árvore da Vida/239)