11 de dezembro de 2014

Síndrome do Abandono

 “Ninguém se importa comigo! Ah! Se alguém me desse atenção, se alguém me ouvisse e compreendesse! As coisas seriam bem diferentes…” Estes são os pensamentos de milhares de pessoas, independente de sexo, classe social ou idade. Mesmo que estejam com um bom emprego e família, a impressão de um vazio interior e de certa desconsideração parece persegui-las. É difícil explicar; mas é possível sentir. É como uma síndrome do abandono ou da falta de atenção. Os sintomas são vários. O adolescente e o jovem ficam contrariados, com o semblante fechado, rebelam-se, recusam-se a falar, envolvem-se com músicas radicais e, sem solução, buscam as drogas. Os adultos mergulham no trabalho, entregam-se à bebida, não se animam com a vida conjugal nem com a de solteiro, tornam-se indecisos e, finalmente, buscam encontrar um “ser superior” ou algo que não interfira em sua maneira de viver, mas que o retire da dureza da realidade diária e apresente soluções rápidas, fáceis e baratas.

A impressão que se tem é que o homem está tentando chamar a atenção. Tal como uma criança que deseja o cuidado de seus pais, ele percorre a face da terra fazendo travessuras. Busca no espaço sideral encontrar vestígios de algo que o anime, enquanto a vida no planeta Terra está cada vez mais difícil. Uma angústia invade o homem, que percebe o tempo passar sem ouvir qualquer reação de um universo silencioso, diante da violência, da fome, das catástrofes e da morte. O principal morador, deste mundo tão pequeno diante das galáxias, não consegue respostas nas investigações conduzidas por si mesmo. As teorias dos extraterrestres não oferecem expectativas concretas acerca do mistério da vida humana. A teoria da evolução choca-se com a ciência. Os genes do “homem das cavernas” não têm semelhança com os do homem moderno, ou seja, são espécies diferentes. Quanto mais se debate, tentando descobrir seu passado e, assim, escapar de um futuro apocalíptico, mais claro fica que a origem e destino da humanidade apontam para a mesma direção: Deus.

É inevitável o encontro com o Criador. Ele está manifestando-se gradual e constantemente por meio das coisas criadas e da própria experiência humana. E o interessante disso tudo é que, para Deus, o homem é muito importante. O aparente desprezo do universo esconde um profundo anseio do Criador invisível em ser reconhecido e recebido pela Sua criatura mais complexa e difícil: o homem.
(Jornal Árvore da Vida)

“Pois assim diz o Senhor (…): Buscai-me, e vivei” (Amós 5:4) 


DEUS SE IMPORTA COM TODOS NÓS.