28 de julho de 2014

Obedecer a vontade do Senhor.

 [...] Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.

Em sua terceira viagem, Paulo tinha a intenção de coletar ofertas na região da Acaia e levá-las para Jerusalém. Ele estava determinado a cumprir esse encargo pessoalmente, embora o Espírito Santo houvesse sinalizado, de várias maneiras, que não era a vontade do Senhor que Paulo fosse a Jerusalém naquele momento. (Atos 19:21, 20:16; 21:4, 10-14).
As ofertas que Paulo coletou nas igrejas provavelmente não eram somente valores em dinheiro, como também mercadorias e roupas. As igrejas da região da Macedônia, como Filipos e Tessalônica, também quiseram participar com suas ofertas, embora fossem pobres. Por essa causa, em princípio, Paulo os dispensou de ofertar. Os irmãos, porém, pediram, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos, ofertando voluntariamente e acima de suas posses (2 Co 8:1-5). Tamanha era a graça de Deus concedida a eles, que ofertaram não somente uma, mas várias vezes, mesmo passando por provas e tribulações. Diante disso, podemos inferir que as igrejas da Macedônia tinham o ministério de oferta de riquezas materiais.
As ofertas direcionadas para a igreja em Jerusalém poderiam ter sido enviadas por meio de algum tipo de transporte, mas Paulo insistiu em levá-las pessoalmente. Nesse ponto, Paulo não estava mais acompanhado por Silas nem seguia o sentimento do Espírito revelado pela palavra dos profetas. Tal era a sua determinação que ele estava disposto a sacrificar a própria vida por seus compatriotas.
Talvez Paulo pensasse que obteria a aprovação dos líderes da igreja em Jerusalém quanto ao seu ministério de evangelizar os gentios, quando lhes trouxesse as ofertas das igrejas que levantara na região da Acaia e da Macedônia, mas isso não ocorreu. Quando chegou a Jerusalém, encontrou-se com Tiago e os outros presbíteros e contou-lhes minuciosamente o que Deus fizera entre os gentios por meio de seu ministério.
Embora tenham dado glória a Deus pelo relato que ouviram, os irmãos de Jerusalém logo lhe mostraram dezenas de milhares de judeus que haviam crido e eram zelosos da lei. Além disso, disseram a Paulo que esses irmãos haviam sido informados de que ele ensinava os judeus a apostatar de Moisés, dizendo que não deveriam circuncidar os filhos nem observar os costumes da lei. Nesse contexto, Paulo se sentiu pressionado a submeter-se a um voto de nazireado, conforme as ordenanças da antiga aliança (Atos 21:17-26). E não somente fez o próprio voto, como ainda teve que arcar com as despesas de outras quatro pessoas que também aceitaram voto. Isso mostra que Paulo fora subjugado pelas exigências dos judaizantes da igreja em Jerusalém.
Essa narrativa serve de advertência para nós com respeito a jamais deixar de seguir a direção do Espírito. Quando paramos de segui-Lo, facilmente somos subjugados pelos conceitos religiosos e por nossa vontade obstinada.
(Alimento Diário)