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1 de julho de 2014
“Senhor, faz da minha vida um lugar de oração”
Certa vez, ao participar de uma reunião da igreja, ouvimos alguém orando assim: “Senhor, faz da minha vida um lugar de oração”. Soou peculiar, por que nunca ouvimos um pedido assim.
Fomos ponderar diante do Senhor sobre o significado daquela oração. Depois de alguns dias Ele nos mostrou que boa parte de nossa vida cristã foi vivida em torno de um templo. Os templos se tornaram o lugar onde se lê e onde se ouve a Palavra de Deus, o lugar aonde as pessoas vão em busca de salvação, de conforto, de consolo, de esperança, o lugar onde Deus é louvado e também o lugar de oração. Com isso, os templos passaram a representar o lugar onde a presença de Deus está.
No Antigo Testamento, Deus podia ser encontrado no monte Sinai, mas apenas Moisés podia estar com Ele (Êxodo 19:20-23). Depois da edificação do tabernáculo e do templo, Deus, de certa forma, ficou mais próximo. Na dispensação do Novo Testamento, Deus em Cristo se encarnou e, como um tabernáculo e um templo ambulantes (João 1:14), ia aonde as pessoas estavam. Que mudança! Deus estava entre os homens, vivendo e comendo com eles!
Em sua obra de buscar as pessoas, o Senhor Jesus ignorou o templo: Ele não estava lá esperando as pessoas, numa agenda de determinadas horas do dia. Pelo contrário, o Senhor era o tabernáculo vivo de Deus que se movimentava na direção do homem.
Antes de sua morte, o Senhor profetizou que o templo seria destruído e também disse que Ele morreria, mas que voltaria como o Espírito (Mateus 24:1-2; João 14:16-20). Aqui podemos ver uma nova dispensação surgindo no vínculo entre Deus e o homem: sem templo e sem limites físicos, deixando subentender que o homem regenerado se tornaria o próprio templo onde Deus habita (1 Coríntios 6:19). Quando o Senhor enviou os discípulos para que pregassem o evangelho, Ele, na verdade, estava enviando “templos vivos” para contatar as pessoas (Mateus 28:18-20).
Quando cada filho de Deus disser: “Senhor, faz da minha vida um lugar de oração”, teremos o início de uma grande virada em nosso meio. Essa postura de ser um lugar de oração tem implicações positivas para todos. Para os filhos de Deus, sua função de sacerdote será plenamente ativada, porque poderão levar os homens para Deus e trazer Deus para os homens em qualquer tempo, em qualquer espaço. O lugar em que um filho de Deus estiver será espontaneamente santificado. Veja como essa visão é grandiosa: teremos lares escolas, locais de trabalho sendo visitados por Deus por meio da presença de Seus filhos.
Essa atitude também será de grande impacto para aqueles que ainda não tiveram uma genuína experiência de salvação com Deus: para ter um encontro com Ele, já não precisarão visitar o monte, o tabernáculo ou o templo. Poderão, entretanto, encontrá-Lo em “Samaria”, “junto ao poço” ou “por volta da hora sexta” (João 4:4-7). Aleluia, já não há barreira, limites nem hora marcada para encontrarmos Deus.
Que mais cristãos orem ao Senhor pedindo-Lhe que faça de sua vida um lugar de oração!
( Jornal Árvore da Vida)